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Saúde - Segunda-feira, 23 de Outubro de 2023

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Grupo Bem Cuidar realiza atividades alusivas ao Outubro Rosa

Encontro abordou, também, o Dia do Idoso e o Dia da Criança


Grupo Bem Cuidar realiza atividades alusivas ao Outubro Rosa

A  Administração Municipal, por meio da Secretaria da Saúde e Assistência Social, promove mensalmente, os encontros do Grupo Bem Cuidar. No mês de outubro, o tema abordado foi o câncer de mama e o câncer de colo uterino. “Embora estejamos no mês de outubro, quando as atenções se voltam para a prevenção do câncer de mama, especialmente, o autoexame e as consultas de rotina devem sempre ser realizadas, como forma de prevenir a doença”, alerta a enfermeira Viviane Franz Stevens.

Dia 03 a reunião ocorreu no Centro Comunitário Seca Baixa, sob a orientação da enfermeira Aline Olbermann. Dia 10, no Esporte Clube Arroio da Seca, a reunião ocorreu com a enfermeira Viviane Franz Stevens. Já no dia 17, o Bem cuidar foi presidido pela enfermeira Raquel Curi na Emef Santo Antônio, no bairro Daltro Filho.

As atividades também giraram em torno do Dia do Idoso, comemorado em 01 de outubro e o Dia da Criança, comemorado no dia 12 de outubro. “Preparamos jogos, brincadeiras, atividades que entretenham os idosos de hoje, que já foram crianças um dia”, explica a representante do Sesc, Jéssica de Césaro.

As atividades do Bem Cuidar são abertas a todo o público. São realizadas a aferição da pressão arterial, acompanhamento nutricional, prática de alongamentos e exercícios com o Sesc, atividades de integração, dinâmicas, roda de conversa, musicalização, brincadeiras, momento cultural e lanche.

Os encontros contam, também, com a participação da oficineira Ana Maria Bertolini, nutricionista Simone Spellmeier, enfermeiras, agentes comunitárias de saúde e a representante do Sesc, Jéssica de Césaro.

O câncer de mama

O tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma (31,3% do total de casos), seguido pelos de mama feminina (10,5%), próstata (10,2%), cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%). Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente (depois do de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025. Nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal.

Em 2020, ocorreram cerca de 2,3 milhões de casos novos, equivalente a 24,5% de todos os cânceres em mulheres, excluído pele não melanoma. As maiores taxas de incidência estimadas foram na América do Norte, na Oceania e nos países do Oeste da Europa.


As taxas de incidência de câncer de mama estão aumentando rapidamente em países de baixo e médio desenvolvimentos, como os da América do Sul, da África e da Ásia. Esse aumento de casos está associado ao envelhecimento populacional, às mudanças no comportamento e no estilo de vida e ao sobrediagnóstico associado à difusão do rastreamento mamográfico, recomendado no Brasil de 50 a 69 anos.

A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é que - entre 2023 a 2025 - sejam diagnosticados quase 74 mil novos casos de câncer de mama no país, e que a doença cause 18 mil mortes. No Brasil, a média de idade das mulheres com a doença é de 53 anos, cerca de 10 anos a menos que nos Estados Unidos, por exemplo. A incidência é maior nas regiões Sul e Sudeste. 
O fator de risco mais importante é a idade acima de 50 anos.


Outros fatores de risco estão associados a condições hormonais ou reprodutivas, como nuliparidade, gravidez tardia, menos amamentação; de comportamento, como obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, inatividade física; ocupacionais, como trabalho noturno e as radiações, por exemplo raios X e gama; além de condições genéticas e hereditárias (de 5 a 10% dos casos).

Câncer de colo uterino
O câncer do corpo do útero pode se iniciar em diferentes partes do órgão. O tipo mais comum origina-se no endométrio, que é o revestimento interno do útero. O câncer uterino pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em mulheres que já se encontram na menopausa.
Mundialmente, o câncer do corpo do útero é o sexto mais frequente entre as mulheres. Em 2020, foram estimados cerca de 417 mil novos casos, com taxa de incidência de 8,70 por 100 mil mulheres.


O principal fator de risco é a exposição aumentada ao estrogênio endógeno, em razão de obesidade, menarca precoce, menopausa tardia, anovulação, nuliparidade, terapia de reposição hormonal . Outros fatores de risco são síndrome metabólica, hipertensão, diabetes, síndrome do ovário policístico e sedentarismo.

O câncer do corpo do útero geralmente causa sangramento ou corrimento vaginal anormal, portanto a conscientização da população e dos profissionais de saúde sobre sintomas e sinais de alerta favorece o diagnóstico precoce, em estágio inicial, com bom prognóstico.
 

O que aumenta o risco?
Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros.
Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados).
Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

Como prevenir?
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital.


Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Vacinação contra o HPV:
O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.


A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV.

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor abdominal e queixas urinárias ou intestinais.

Detecção precoce:
Existe uma fase pré-clínica (sem sintomas) do câncer do colo do útero, em que a detecção de lesões precursoras (que antecedem o aparecimento da doença) pode ser feita através do exame preventivo (Papanicolaou). Quando diagnosticado na fase inicial, as chances de cura do câncer cervical são de 100%. A doença é silenciosa em seu início e sinais e sintomas como sangramento vaginal, corrimento e dor aparecem em fases mais avançadas da doença.


O exame preventivo do câncer do colo do útero (Papanicolau) é a principal estratégia para detectar lesões precursoras e fazer o diagnóstico precoce da doença. O exame pode ser feito em postos ou unidades de saúde da rede pública e sua realização periódica permite reduzir a ocorrência e a mortalidade pela doença.


É um exame simples e rápido, podendo, no máximo, causar um pequeno desconforto. Para garantir um resultado correto, preferencialmente, não se deve ter relações sexuais (mesmo com camisinha) no dia anterior ao exame e evitar o uso de duchas, medicamentos vaginais e anticoncepcionais locais nas 48 horas anteriores à sua realização. É importante também não estar menstruada, porque a presença de sangue pode alterar o resultado. Mulheres grávidas também podem se submeter ao exame, sem prejuízo para sua saúde ou a do bebê.

O exame deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero, na faixa etária de 25 a 64 anos e que já tiveram atividade sexual. Isso pode incluir homens trans e pessoas não binárias designadas mulher ao nascer. Exame anual.


 


 

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