A família Possamai está investindo na produção de cachaça. O que há algum tempo apenas um sonho, hoje são 10 mil litros do produto por ano. A agroindústria está sendo estruturada em um pavilhão de 240 metros quadrados. Atualmente, a Cachaçaria está em fase de legalização, mas já possui rótulo e é vendida e presenteada (e muito bem-aceita) a amigos e a quem visita a propriedade, localizada em linha Rosenthal. A Administração Municipal estuda uma forma de auxiliar os empreendedores rurais, como forma de fomentar os negócios do campo. Os Possamai apostam na sustentabilidade como forma de diferenciação.

Os irmãos Alex e Renata residem na propriedade e conduzem a produção. “Nossos dois outros irmãos, Alan e Luana, também fazem parte, mas moram fora. E, claro, temos o suporte dos nossos pais, Rudi e Simoni”, conta Renata. A última safra rendeu 10 mil litros de cachaça. Esta safra deve render a mesma quantidade, já para o próximo ano a expectativa é dobrar a produção, considera Alex.

Conforme o secretário da Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Gilnei Dahmer, está sendo estudada uma forma de auxiliar financeiramente as agroindústrias do município. “Estamos formatando um projeto que viabilize o auxílio a esses empreendedores que acreditam no potencial local. Vemos o esforço dos produtores em conduzir os negócios no campo, então devemos buscar uma forma de auxiliá-los”, declarou.

O empreendimento aposta na implementação de práticas sustentáveis, como diferencial de produção. “Construímos uma lagoa para armazenamento da água da chuva. O recurso será utilizado, e futuramente na irrigação dos canaviais. Além disso, temos geração de energia limpa, por meio dos paineis solares. Estes são alguns exemplos do que iniciamos na propriedade, para no futuro nos tornarmos autossustentáveis”, explica Alex.

As quatro variedades produzidas pela família são a prata, que é pura, e as envelhecidas. “As envelhecidas são armazenadas em barris de grápia, carvalho e cabreúva. Produzimos, também, dois sabores de licores. De canela e de café”, disse Renata. “Há um ano, tínhamos um projeto bem mais audacioso, em decorrência do cenário econômico e da falta de recursos, tivemos que adaptar o projeto, assim acabamos utilizando uma estrutura já existente para nossa produção. Em fase final de construção, os equipamentos chegam em aproximadamente um mês, e assim poderemos dar andamento à produção”, conclui Renata.

Legenda: Gilnei, Renata e Alex falam sobre desafios do empreendimento

Legenda: Renata apresenta a cachaça de grápia. Produto já tem rótulo e está em fase de legalização